Muitas bibliotecas, arquivos, museus, igrejas, galerias de arte e outras instituições sofrem com ataques de pragas bibliófagos/xilófagos, que causam a degradação e perda dos acervos. Frequentemente, estas infestações são causadas por cupins ou brocas coleópteros, pequenos besouros que, em função da espécie, atacam o papel e/ou os adesivos utilizados na colagem, como nas lombadas, e se alastram aleatoreamente no acervo.
Quando há uma infestação por estes tipos de insetos, o combate eficaz se torna extremamente difícil, pois os métodos tradicionais de controle de pragas baseiam-se principalmente no emprego de substâncias químicas (inseticidas). O uso destas substâncias deve ser evitado para não correr o risco de contaminação do ser humano, do ambiente e das próprias obras. Além disso, as substâncias químicas raramente são eficazes no controle de brocas e cupins em acervos e, ainda, causam efeitos colaterais indesejáveis. Apesar das restrições ao uso desses produtos, a aplicação de tóxicos em acervos é muito frequente. Isto se deve à pouca divulgação de novas tecnologias.
Até hoje existem casos nos quais se executa expurgos com fosfeto de alumínio/magnésio (chamado gás fosfina ou gás Toxin) ou até brometo de metila, gases altamente tóxicos que provocam a oxidação dos materiais tratados e já são proibidos pela legislação brasileira, salvo algumas exceções, como na área agrícola. Ao mesmo tempo, já existem processos de tratamentos sem substâncias tóxicas ou produtos químicos, desenvolvidos especificamente para a desinfestação de acervos bibliográficos e museológicos. Entre todos, a maneira mais indicada hoje é, sem dúvida, a atmosfera de anóxia. Trata-se de um processo totalmente inócuo para o ser humano e para os objetos, sem efeitos colaterais e residuais que comprovadamente elimina os insetos em todos os estágios (ovos, larvas, pupas e adultos).
É uma solução atóxica, sustentável, ecologicamente correta, totalmente inócuo para o ser humano e para os objetos, utilizada há mais de 15 anos na Europa e nos EUA, sem efeitos colaterais e residuais que comprovadamente elimina os insetos em todos os estágios (ovos, larvas, pupas e adultos). O trabalho consiste em inserir o material infestado dentro de um invólucro sem oxigênio, por um período determinado. Assim, os insetos morrem asfixiados.
Controle e Monitoramento Contínuo, um pré-requisito técnico para obter 100% de eficácia.
A técnica consiste na retirada de oxigênio (vital para os insetos) em um ambiente. Após determinado período sem oxigênio, todas as formas do ciclo de vida dos insetos morrem, assegurando a desinfestação total do acervo de maneira segura e eficaz, preservando a integridade do material e permitindo o manuseio seguro após o tratamento.